O Brasil encerrou setembro com alarmantes 83.157 focos de incêndio, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse cenário de queimadas e seca em diversas regiões do país traz consequências diretas para o bolso do consumidor, especialmente no que diz respeito ao aumento dos preços dos alimentos.
Cana, café e laranja
As principais culturas afetadas são a cana-de-açúcar, que já apresenta reflexos no preço do açúcar refinado e do etanol, além do café e da laranja. Nessas plantações o prejuízo tende a ser maior porque essas culturas têm produção contínua durante todo o ano, e a recuperação da plantação leva tempo e custa caro.
Pecuária
A recente situação também impacta o valor do leite e seus derivados, como manteiga, requeijão e iogurte. Com o pasto queimado, os pecuaristas precisam complementar a alimentação do gado com ração, o que encarece a produção.
Grãos
No caso dos grãos, como arroz, soja, milho e trigo, não deve haver aumento de preços em decorrência das queimadas. Isso porque, segundo a Conab, a maior parte da colheita desses produtos já havia sido feita.
A estimativa é que os consumidores sintam um aumento nos preços já nos próximos meses. É fundamental que as famílias fiquem atentas ao orçamento, evitando gastos desnecessários e se preparando para as altas que estão por vir.